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Morro do Pinto carece prevenção

Por Amanda Soares


Hioran Barcala (29), mora no Morro do Pinto, no bairro Santo Cristo, próximo à Gamboa, na zona portuária do Rio de Janeiro. Produtor cultural, ele é membro do Coletivo MP e da Escola de Samba Fala meu Louro. Hioran está em casa desde o dia 15 de março, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde. Tem se desdobrado entre manter a rotina em casa, o home office, e a distribuição de 150 cestas básicas para famílias menos favorecidas na comunidade.

O trabalho de distribuição das cestas existe há bastante tempo. No momento está prejudicado por causa da pandemia do coronavírus. É determinante que o máximo de pessoas fique em casa para evitar a morte de milhares. Assim, a fonte de renda de várias famílias murchou. “O critério agora e atender as pessoas que estão mais necessitadas, e estamos cadastrando outras … uma ação já feita antes, mas agora, mais ainda.


Muitos moradores dependem de trabalhos informais e por isso é urgente a aprovação de um auxílio financeiro que garanta a subsistência nos próximos meses“, afirma. “Aqui no morro do Pinto ainda é um lugar privilegiado, porque temos saneamento básico um pouco melhor. Não é como a Providência, que está sem água e os moradores estão passando um perrengue bem dobrado, porque a coleta de lixo deu uma diminuída”, compara.

Embora não falte o mínimo, o morro ainda precisa de gente preparada para prevenir os moradores e reforçar a importância do isolamento: “a gente não tem, dentro da comunidade, alguém que explique efetivamente sobre o que é o vírus, como se cuidar. A gente conta com os grupos ativistas… mas é pequeno”.

Solidariedade

Com a proibição das festas para evitar aglomerações, a quadra da Escola de Samba Fala, Meu Louro ficou ociosa. O grupo que administra o espaço resolveu, então, ceder o lugar para a Clínica da Família realizar a vacinação contra outras doenças virais comuns do inverno: a Influenza e H1N1. Ambas também fazem vítimas todos os anos, em especial entre idosos. “Emprestamos a chave da quadra pra diretora da clínica da família, e ela abre a quadra pra vacinação”.

A ideia é evitar que justamente os moradores mais velhos se aglomerem em clínicas cheias, ou tenham de se deslocar demais para serem vacinados. “Meus pais (de 60 e 67 anos) foram se vacinar e disseram que não teve aglomeração, fila. Tem quem auxilie nisso.”

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