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Fetaes reivindica inclusão de mais culturas agrícolas no Pronaf da Caixa

Federação dos Trabalhadores na Agricultura faz levantamento das agências que oferecem a linha de crédito


A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado do Espírito Santo (Fetaes) está fazendo o levantamento das agências da Caixa Econômica Federal que já estão oferecendo linhas de crédito por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O presidente da entidade, Julio Cezar Mendel, explica que esse mapeamento em todo o Estado possibilitará que se possa reivindicar junto à instituição financeira a inclusão de culturas existentes nos municípios, mas que não são contempladas pela linha de crédito.

O Pronaf foi lançado na Caixa em setembro de 2020, mas começou a ser oferecido este ano, disponibilizando empréstimos de até R$ 250 mil para agricultores familiares. Os juros serão de 4% ao ano. O prazo de pagamento é de até 14 meses para culturas permanentes de cana-de-açúcar, café, maçã e uva; e de até 12 meses para as demais. Por meio do Pronaf será possível conseguir recursos para custeio de insumos, como sementes, fertilizantes, entre outros.


A iniciativa, segundo Júlio, é bem vinda. "O Pronaf é uma conquista proposta pela agricultura familiar através de nossas organizações e vem ao longo dos anos potencializando a agricultura, aumentando a produção, promovendo desenvolvimento econômico e social. Nosso desafio agora é ampliar ao máximo o número de culturas", afirma.


Uma das culturas que não está inclusa é a do morango, que é forte em Santa Maria de Jetibá, conforme relata o presidente do sindicato dos trabalhadores rurais do município da região serrana, Egnaldo Andreatta. Ele destaca que a avicultura, também muito desenvolvida em Santa Maria, também não é contemplada pela Caixa por meio do Pronaf.


Egnaldo recorda que antes os bancos que ofereciam crédito rural eram o Banco do Brasil, o Sicoob e, mais timidamente, o Banestes. A inclusão da Caixa, de acordo com ele, vai gerar mais competitividade entre as instituições financeiras. "Facilita também o acesso ao crédito para os agricultores, por exemplo, em municípios em que não há nem Sicoob, nem Banco do Brasil", diz. O presidente do sindicato acredita, ainda, que a oferta do Pronaf por meio da Caixa é importante em meio ao cenário de reestruturação do Banco do Brasil, que prevê, entre outras ações, fechamento de agências.


"Se a agência do Banco do Brasil fecha, quem tem conta na Caixa não precisa abrir em outro banco para ter acesso ao Pronaf", aponta, embora acredite que o ideal seria que agências não fechassem suas portas. "A gente acredita que fechar agências do Banco do Brasil é um retrocesso, principalmente em municípios agrícolas. Deveria abrir mais agências onde não tem", defende.

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