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Autônoma, mãe e em quarentena: moradora do Fallet aguarda auxílio para garantir subsistência

Recém dispensada do emprego, jornalista espera pela sanção da lei que distribuirá renda de apoio em meio a quarentena.


Por Amanda Soares/NPC sob supervisão


Nice Lira, jornalista, 31 anos e moradora do Fallet, que fica em Santa Teresa, região central do Rio. Vivem ela e o filho de doze anos, que tem bronquite e asma, com a mãe, de 64, e atualmente, a única com renda fixa na família. Como muitos brasileiros que cansaram de esperar o tão sonhado emprego de carteira assinada, Nice criou um cadastro de MEI Microempreendedor Individual), para formalizar possíveis freelas, e garantir direitos trabalhistas básicos. Atualmente, cumpre um tipo de aviso prévio, pois seu contrato será rescindido ao fim do mês devido à quarentena.


A família passou as duas últimas semanas em casa. Até o próprio aniversário, Nice comemorou com seletos convidados: só a mãe e o filho. A escola onde o menino estuda mantém as atividades via online, e por enquanto, Nice ainda trabalha. Ela busca reinventar a rotina, para não se render a uma letargia. “Ganhei um curso online gratuito, em fevereiro, e até agora não fiz, mas vou me organizar pra fazer. Também quero estudar espanhol, em um aplicativo que baixei”. Dançarina de charme, Nice se diverte publicando vídeos-aulas com passinhos. Ela e a mãe também caminham por uma Santa Teresa atipicamente vazia.



Sem perspectiva de voltar a trabalhar, Nice aguarda a sanção do auxílio emergencial, aprovada pelo Senado Federal nesta segunda feira (30). Um alívio nas contas da família, e para a integridade da jovem que não contava em ficar sem renda e dependendo da mãe, aposentada e que trabalha em uma lavanderia. “Tenho como pagar as contas até o próximo mês, mas depois não sei como vai ficar”. De acordo com as regras, ela pode receber de R$600 a R$1.200 (seiscentos a mil e duzentos) reais. O governo ainda vai precisar planejar a ação. “Espero que não tenha que sair, levar documentos, ou se seria online… por que aí faria aglomeração, né?”, reflete, preocupada.


Nice é jornalista e, atualmente, cumpre aviso prévio. Ela é MEI, e não tem carteira assinada.

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