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  • Núcleo Piratininga de Comunicação

A precariedade do tratamento mental gratuito para a população negra


Por Simone Lauar (originalmente publicado em Afropress)




O assunto saúde mental é, de fato, algo que não é divulgado com a importância que deveria. A porcentagem das pessoas com problemas mentais só cresce. Cresce ainda mais em áreas em situação de risco e de extrema pobreza.


Também tem crescido nas favelas. As operações policiais são tão violentas e levam muitas pessoas que não ligadas ao tráfico ao óbito, devido ao despreparo da polícia.


Casas são invadidas sem mandato e muitas pessoas são tratadas com violência. Isso faz com a saúde mental delas fique mais precária. As escolas também não tem nenhum preparo. Não tem assistentes sociais, psicólogos pra crianças e adolescentes.


Parece que o assunto realmente só vem a tona, quando acontece alguma grande tragédia. Como atiradores entrando em escolas ou massacres em favelas e periferias.

A questão é : porque a saúde mental ainda não virou um assunto prioritário?


Parece que a “sociedade” deixa claro que só pode cuidar da saúde mental, quem pode pagar. Mas, a verdade é que ter um tratamento mental, é um direito de todos.


Porém, a barreira social dificulta que esse tratamento chegue até a população e a mais afetada é a população negra é a dos povos originários.


A falta de profissionais nesse ramo é gritante. Você pode contar quantos terapeutas negros estão disponíveis para atender em um órgão público. Sem contar que, os sistemas de saúde pública carecem de financiamento e recursos para atender às necessidades específicas da população.


As consequências são gritantes.


A população negra tem mais risco de desenvolver transtornos de ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático, devido a violência no seu dia a dia na favela ou periferias. Sem contar, a falta de trabalho e a fome, que agrava mais o psicológico.


A solução seria, não só falar sobre esse assunto em um determinado mês específico e sim, virar pautas nas escolas e palestras em órgãos públicos pra conscientização da população.


Muitos tem problemas de saúde mental e nem fazem idéia do que se trata.


Seria muito certo educar a comunidade sobre saúde mental e desafiar os estereótipos negativos.


Melhorar o acesso ao tratamento mental gratuito para a população negra e povos originários é essencial para promover a equidade em saúde e o bem-estar geral.




1)NOTA DA REDAÇÃO AFROPRESS

A jornalista Simone Lauar (foto acima) passa a escrever desde a favela da Maré, no Rio, com espaço assegurado no time de colunistas da Afropress. Simone Lauar é jornalista comunitária, colunista, Editora de vídeos básicos e informativos. Editora chefe e fundadora do jornal online Garotas da Maré.


2) NOTA DO NPC

Simone Lauar é aluna da turma do Curso de Comunicação Popular de 2024 e faz parte da Rede de Comunicadores Populares do NPC.

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